sábado, 30 de maio de 2009

Sul de Queensland



Surfistas, mar, gaivotas, belas imagens. Um resumo de Coolangatta. Uma praia do Litoral Sul de Queensland que visitamos com os amigos Vini e Andréia neste sábado. Nessa época do ano há sol, mas muito vento frio. Mesmo assim, os surfistas estão lá, na área. Além das belas praias, o Sul de Queensland é uma região rica, com campos de safira e tudo mais.

Litoral Sul de Queensland


Guga, eu e Andréia já no finalzinho do nosso passeio pelo Litoral Sul de Queensland. Uma área onde se avista Surfers Paradise e um rio que corta essa região. Mais um lugar bem bonito.

Coolangatta


Nessa área ficam vários mirantes. Com algumas áreas verdes, o local oferece estrutura para camping e tem pista para caminhadas. Na foto, eu Guga e Vini em um dos mirantes de Coolangatta. Ele, surfista de carteirinha, não perdeu um minutinho. Aproveitou bem o dia de sol. Lá ao fundo, fica um local mais conhecido dessa região: Surfers Paradise.

Hoje, sábado, fomos ver o mar do Litoral Sul de Queensland. Uma praia para surfistas chamada Coolangatta. Andréia e Vini, gentilmente, passaram aqui para nos levar até lá. Uma viagem de quase uma hora de carro. Valeu super a pena. Além da boa companhia, o lugar é muito lindo. Diferente das nossas praias, claro, mas bonito. Aqui tem sol, porém, o vento frio faz com que as pessoas fiquem de roupa mesmo, só olhando. os surfistas vestem seus macacões especiais e pegam ondas o dia inteiro. Todos esses pontinhos ai são surfistas.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Minha turma


Hoje fiz uma foto da minha turma do Level 2. Bom, aqui os alunos mudam dia após dia. Uns chegam e outros migram para outras turmas. Tem gente de várias partes do mundo, mas, os asiáticos são maioria na escola. Conheçam ai: Mai (Japão - casaco branco), Luiz (Peru - casaco preto com blusa vermelha, atrás de Mai), Herman (Colômbia - atrás de Luiz), Tatzuia (Japão - casaco xadrez), Carol (Taiwan - casaco preto e blusa verde), Satzuki (Japão - tadinha, lá atrás), Olivia (a teacher que está saindo da Shafston), Sho (Japão - esse de cabelo no olho), Djamil (França - o careca que é chef de cozinha), Jung ho Ha (Coréia - de camisa preta e boné) e Nazif (Turquia - de casaco vermelho e calça jeans). Luiz e Nazif chegaram na sala esta semana. São todos muito simpáticos. Os outros estão desde a semana passada, quando entrei aqui. alguns deles já estão em Brisbane há mais de dois meses, outros chegaram domingo passado. Eles vão fazendo os testes e encaixando nas salas de acordo com o nível de English de cada um. O aluno pode entrar, por exemplo, numa sala do nível 2 onde está sendo dada a lição 14 do livro. Outro entra numa sala do mesmo nível, mas onde a lição que está sendo passada é a 2. Depois de cinco semanas num mesmo nível (não importa as lições que viu) se o aluno achar que tem condições pode fazer a prova para mudar de nível. Bom, é mais ou menos isso ai.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Mowbray Park


O começo da semana foi bom. Me senti mais preparada na aula, sei lá. A teacher Olivia é bem paciente e explica tudo direitinho (bom, ela tenta, né). Para minha tristeza, descobri que ela vai deixar a Shafston amanhã (quarta-feira, 27). Conseguiu um emprego em uma grande empresa, que trabalha com a Appel, pelo que entendi.


Temos tentado organizar nossa rotina. Na segunda-feira, depois da aula, fomos abrir nossa conta do banco (isso é feito dentro da própria escola) e depois fomos caminhar no Mowbray Park com um casal de poloneses que conhecemos aqui. Imaginem: eles falam espanhol. Nossa comunicação é feita misturando English, português e espanhol. Já imaginou a salada?


O Mowbray Park é bem bonito, também, e cheio de churrasqueiras e pistas para cooper, caminhada e bikes. Tudo organizadinho e limpo, bem ao modelo australiano. Não poderia ser diferente, né! É neste parque que fica o ponto do City Cat mais próximo da escola, porém, ainda não tivemos o prazer de anadar nesses barcos. Com as fortes chuvas da semana passada eles deixaram de circular. O problema foi que o rio ficou cheio de entulhos (madeiras e galhos grandes de árvores) e isso danificou duas embarcações. Para evitar mais prejuízos, os barcos simplesmente pararam de circular.


Aqui a terça-feira já está chegando ao final. Guga foi para a City comprar um celular e eu fiquei aqui, lavando roupas, abastecendo o blog e estudando. Aliás, pretendo ficar abastecendo o blog a cada dois dias. Já vi que não tem condições de ser diferente, preciso estudar muito. O tempo aqui voaaaaaa...Beijos para todos.

A feijoada


Eu e Guga na feijoada. Uma festa brasileira que acontece uma vez por mês. Um brinde a está nova fase da nova vida, aqui em Brisbane. Tudo novo, muita coisa para aprender e muita disposição.

As churrasqueiras


Elas são todas assim, em todos os parques. O churrasco é uma programação rotineira aqui em Brisbane. Grupos de jovens, famílias inteiras, amigos to trabalho...todos marcam e se encontram nos parques para comer e beber um pouco. A bebida aqui nas ruas é proibida. Para levá-la para os parques é preciso moderação e se ligar nos guardas. Caso eles peguem, rola multa, claro. Nos supermercados nada de bebidas alcoólicas à venda. Quando você encontra um lugar que vende cerveja, prepare o bolso. Cigarro também é caríssimo. Eu tô adorando, óbvio. Guga está fumando quase nada e bebendo menos ainda. Viva Brisbane e suas regrinhas!!!

A vista


Bom, esta é uma das imagens registradas do alto do Kangaroo Point Clift. è realmente, muito bonito esse lugar. E nem tava fazendo um dia de sol aberto não, pegamos até uma chuvinha no caminho até a City. Só garanto uma coisa: valeu a pena! Obrigada Andréia e Vini, valeu!

A escada


Ela é bem grandinha, mas, vale a pena enfrentá-la para chegar ao Kangaroo Point Clift. Essa ai é Andréia, a amiga que fiz no avião até aqui. Uma figura. Sim, no Kangaroo Point Clift, além das churrasqueiras, esculturas gigantes e do paredão para rapel fica, também, o Queensland Maritime Museum. Lá é possível encontrar objetos de navios afundados na área, cabines de barcos antigos, além de maquetes. Vou visitá-lo posteriormente.

O primeiro domingo


No domingo pela manhã dormimos e, depois, organizamos algumas coisas aqui no nosso “apartamento”. Também abasteci o blog. No finalzinho da manhã, recebemos Andréia (a garota que conheci no avião, vindo pra cá, e que vai fazer mestrado na University off Queensland) e o marido dela Vini (ele trabalha numa empresa de computação aqui em Brisbane). Eles estavam de bicicleta e resolvemos ir para a feijoada brasileira juntos e caminhando por um outro parque que fica aqui perto.

O nome dessa área é Kangaroo Point Clift e ela é simplesmente linda, como vão poder ver nas fotos. A vista da cidade daqui é maravilhosa. No espaço do parque grupos escalam paredões e outros fazem rapel. Famílias inteiras passam os finais de semana por aqui. São os famosos barbecues. As churrasqueiras são algo comum nos parques de Brisbane. Detalhe: todas com gás encanado gratuito. Para utilizar, basta trazer seus alimentos, usar a churrasqueira e depois limpar.

A caminhada até a City dá uma meia hora indo devagar. Só é preciso enfrentar uma escadinha nada amigável no início do Kangaroo Point Clift. Os meninos desceram com as bicicletas e eu fiquei só lá de cima fotografando tudo.

Bom, a feijoada brasileira foi num espaço que parece uma garagem decorada, na verdade é um pub conhecido aqui. Lá dentro a maioria, claro, era de 'brasucas”, mas, tinha gente de outros países, também. Lá, encontramos Felipe e Onicéia. Foi bem legal. O feijão tava bommmm!!!! Mas não deu para matar a saudade do feijão de Severina (minha secretária maravilhosa) não.

A música da festa deixou à desejar. Quem sabe no mês que vem, pois, a festa se repete, a gente tenha mais sorte. Pelo que entendi o evento é organizado por uma agência de intercâmbio. Na entrada, eles pegam nome e e-mail ou telefone para passar informações sobre cursos, viagens, coisa e tal. A empresa encontrou uma forma bem legal de se divulgar.

Andréia e Vini foram os primeiros a sair, pois, estavam de bike e não queriam arriscar pegar uma bela de uma chuva. Nós, Felipe e Onicéia saímos em seguida. Eles foram para um lado e nós para o outro. Moramos em pontos extremos da cidade. Fomos pegar o ônibus e qual não foi nossa surpresa ao descobrirmos que não tinha ônibus não kangorooo...kkk...O último que ia para as bandas da Shafston já tinha passado fazia tempo.

Como aqui dificilmente se encontra táxi vazio e o City Cat continua sem funcionar, tivemos que voltar a pé. Isso mesmo, mais meia hora de caminhada. No ponto, encontramos um outro casal de estudantes franceses que está na Shafston fazendo um curso mais avançado que o nosso. Foram nossos companheiros de caminhada. O bom foi conversar com eles com nosso English “perebento”, kkk...mas, não é que deu certo. Bom, nós todos nos esforçamos e deu para entender muita coisa.

Chegamos em casa só o pó, tomamos banho e caímos na “paminha”, que ninguém é de ferro e segunda-feira é “dia de branco”.

sábado, 23 de maio de 2009



A praia artificial é um local para se curtit mais no verão, claro. Agora o tempo tá esfriando e a água estava geladíssima. Fica em uma das margens do rio brisbane. Na verdade eles contruíram uma grande piscina com fundo de concreto de um lado e vizinho essa ai com areia da praia e tudo mais que se tinha direito. Tem até salva-vidas. Os pássaros, como falei no último post, estão por toda parte. Neste inverno, sem os banhistas, a praia artificial é toda deles.

Cremorne Theatre & Gallery



Guga e Felipe ao lado da Cremorne Theatre & Gallery, dentro do South Bank Precint. Mais um espaço para ser visitado futuramente, com calma e tempo.

Passarela de flores


O South Bank Precint é todo cheio dessas passarelas de flores. Lindooo!!! Dá gosto caminhar por esse lugar que mistura cultura, diversão e natureza. Adoramos!

A fadinha

No South Bank Precint encontramos logo essa fadinha ai. Não resisti, postei para vocês. As crianças aqui são lindinhas, como em toda parte. Pelo que tenho notado, os australianos não curtem muito babás. Eles mesmos cuidam dos filhos.

A biblioteca da City


Esta é a biblioteca colorida da qual falei no último texto. Ela é bem grande, tem três andares e várias opções. Esses retângulos são iluminados à noite. Vou tirar um dia para ficar de cima para baixo, lá dentro, cascavilhando tudo.

Vista do South Bank Precint 2


Para chegar do outro lado eles contruiram essas passarelas ai para pedestres e ciclistas. É um de um lado e outra do outro com uma avenida larga para carros no centro. De um lado bicicletas e pessoas inde e do outro voltando. Tudo bem organizadinho.

Vista do South Bank Precint

Ums vista de parte do South Bank Precint. Lá ao fundo uma roda gigante escandalosa que à noite se ilumina e é uma das atrações dessa área da cidade. Este ai é o rio Brisbane, que corta toda a cidade. Naquelas tendas brancas estava havendo uma apresentação de uma empresa de esportes e viagens de aventura, com rapel, torre para escalada e muito mais.

Bar na Queen Street Mall

Os bares da Queen Street Mall funcionam nessas estruturas de alumínio. Em todos eles tem sempre uma platinha, algo verde. Pelo que tenho observado, os australianos gostam muito de ambientes arborizados. O centro dessa rua mesmo é cheio de pequenos jardinhs. As pessoas são uma atração a parte. Depois, pretendo fazer um post só com figuras que encontramos por aqui. Tem de todo modelo, para todo gosto mesmo.


Mais City

Felipe e Onicéia (paraibanos que estão em Brisbane há pouco mais de cinco meses) caminhando pela avenida principal da City, a Queen Street Mall, com Guga. Felipe passou o dia nos dando orientações e mostrando pontos importantes dessa região. Ele é bem desenrolado e já tem boas dicas para se viver com tranqüilidade em Brisbane. Pense em duas figuras. Eles são ótimos!!! Aninha,parabéns! Teu filho é nota 10. Beijos.

Fotos da City


Esta é a Queen Street Mall, uma rua só para pedestres com mais de 1200 lojas. No centro da avenida ficam instaladas lanchonetes, choperias e áreas para pequenos shows, como o que estava rolando alí atrás. As pessoas páram para curtir, sentam em cadeiras ou ficam de pé mesmo. Isso rola o dia todo de sexta até domingo, com shows de no máximo 30 minutos.

A City


Finalmente fomos conhecer a City. É a cidade, o coração de Brisbane, onde tudo acontece. Com prédios grandiosos, modernos e antigos que se misturam. Pontes, vias largas e nada de carros estacionados nas ruas. Muito, muito organizada.

O City Cat, um transporte fluvial muito interessante não estava funcionando e optamos por ir de ônibus mesmo. Descobrimos como eles demoram por aqui, mas chegam no horário das tabelas. O preço também é bom $2,40 do Kangooro Point (nosso bairro) até a City. Um motorista já de idade e com cara de australiano nato recebeu as moedas na entrada do ônibus, falou aquele inglês cheio de força e eu segui caladinha, balançando a cabeça para sentar em um dos bancos com Guga.

A viagem é bem rápida. Descobrimos depois que se quiséssemos ir a pé a caminhada até a City seria de meia hora. Bom, quando estivermos mais dispostos faremos esta experiência também. Mas não vejo a hora mesmo é de andar de City Cat. Ele segue pelo rio Brisbane e deve garantir belas fotos por este caminho.

Voltando a City. Encontramos Felipe e Onicéia (paraibanos que estão aqui há pouco mais de cinco meses) e caminhamos pela avenida principal da City, a Queen Street Mall. Felipe passou o dia nos dando orientações e mostrando pontos importantes dessa região. Ele é bem desenrolado e já tem boas dicas para se viver com tranqüilidade em Brisbane.

Primeiro dica: nada de atravessar as ruas fora dos locais sinalizados e cuide de esperar pelo sinal verde para pedestre. Caso faça da forma brasileira e resolva atravessar em qualquer ponto e com sinal vermelho, corre o risco de ser multado por um dos guardas de plantão. É isso, aqui pedestre leva multa sim senhor.

Em um sentido as ruas da City têm nomes de rainhas e no outro nomes de reis. Os mapas ajudam e estão por toda parte. Pegamos o nosso na escola mesmo. O primeiro prédio que me chamou a atenção foi um colorido e moderno. Lá fica a biblioteca da City. Um espaço que vamos fazer questão de visitar com tranqüilidade e tempo, claro.

Bem próximo dali, do outro lado da ponte, na margem sul do rio Brisbane, fica o South Bank Precint, ou Parklands, como é mais conhecida essa área. O espaço de 17ha, abrigou a Expo 88 e, em seguida, se transformou em um centro de cultura. Lá estão reunidos o Queensland Performing Arts Centre, a State Libery, o Queensland Museum, a Queensland Art Gellery, o Conservatorium, a Opera Queeensland, duas faculdades e um centro de exposições.

No mesmo espaço, artistas de rua, cafés, mercados de finais de semana, além de um lago artificial com areia tirada da praia, que eles chamam de praia mesmo. Tem salva-vidas e tudo mais. Sim, pássaros, muitos pássaros. Aliás, aqui eles estão por toda parte.

Como viram, temos muitos locais interessantes para visitar só nessa região da City. Agora deu até um ânimo. O frio está chegando e temos que nos armar de programas interessantes.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Matuto sofre

Bom, aqui muito coisa é bem diferente do Brasil, claro, e quando a pessoa é desavisada feito eu a coisa pega. Bastou uma semana para passar por algumas experiências engraçadas, aquelas que no Brasil costumamos dizer que quem passa por elas é matuto. Sendo assim, matuto sofre queridos ai e em qualquer parte desse mundão de meu Deus.

A primeira experiência diferenciada foi com a entrada do supermercado. Como já avisei em outro post comida aqui é coisa cara. Assim, passeamos de supermercado em supermercado para verificar onde as coisas estão mais em conta. Num deles eu decidi não comprar nada e, inocentemente, tentei sair por onde entrei. Resultado: bennnnnnnn!!!! Um aviso sonoro tocou e a cancela se fechou. Guga , que não é besta nem nada, ficou bem atrás só olhando eu passar a vergonha.

Nos primeiros dias estamos tentando cozinhar em casa. Os restaurantes, obviamente, são bem carinhos. Um prato de sushi comum custa $ 50, brincando. Assim, compramos e preparamos a comida no apartamento mesmo. Passamos vários dias esquentando água num eletrodoméstico que tem aqui para isso, para podermos colocar o macarrão no fogo. Ai, uma bela manhã eu perguntei a Guga: Menino, o que danado a gente tá fervendo essa água se na torneira tem água pelando de quente? Matuto sofre, tô dizendo.

Outra. Descobrimos recentemente que em todas as casas de Brisbane (pelo menos) eles espalham vários dispositivos para detectar fumaça. No caso de um incêndio eles disparam direto no corpo de bombeiros, que chegam na residência em segundos. Bom, no nosso quarto também tem um, claro. Cozinhamos todos os dias no intervalo do almoço e todo dia era aquele aperreio. Quando a panela começava a ferver o detector disparava um sonido bem forte.

No primeiro dia, eu dei uma carreira para o apartamento de um brasileiro que fica aqui vizinho pedindo socorro. Tinha lido no livro que um alerta falso para o corpo de bombeiro custa a bagatela de $ 900 de multa. Isso mesmo, o valor é esse ai. Pensem numa carreira que dei quando ouvi aquele barulho e a luz piscando. Guga ficou no apartamento abrindo as portas e abanando a janela. O bicho parou sozinho e nada de bombeiros, graças a Deus.

No segundo dia, a mesma coisa. O bicho disparou e ai eu simplesmente abri as portas e Guga ficou abanando a panela. Porém, decidi conversar com Taís, a brasileira que trabalha no marketing da Shafston e orienta o povo da nossa região. Tinha outros assuntos para tratar e lá pelo fim perguntei pelo danado do sinalizador de fumaça.

Ela disse: Primeiro nunca abra as portas (kkk...era bem tarde). A fumaça pode se espalhar pelos corredores e disparar outros dispositivos. Segundo tente fazer o mínimo de fumaça quando for cozinhar (agora tampamos as panelas e levamos para a varanda para espalhar a fumaça bem lá fora – esta parte é responsabilidade de Guga, claro, kkk...). E lembre, darling, o dispositivo tem três sonidos. Se chegar no terceiro os bombeiros são acionados e a multa será cobrada. Sendo assim, caso haja fumaça na hora de cozinhar, abane o dispositivo com uma pano ou coisa parecida (agora, eu cozinho e quando a panela ferve, Guga abana o sinalizador, kkk...). Fizemos isso ontem e deu certinho. O bicho ficou calado. Kkk...Eu falei: matuto sofre!

A primeira semana de aula

Os primeiros dias não são fáceis para quem não fala a língua nativa. Além da saudade tem o problema da comunicação diária mesmo. Pra completar, o fuso não ajuda e quem é mole feito eu sofre com enjôo, dor de cabeça, tontura e sono na hora errada, muito sono vale salientar. Sim, a fome também vai embora (tem que ter alguma coisa boa, kkk...). Ai, eles fazem um teste no seu primeiro dia, ai, eles decidem em qual turma você vai ficar, ai, a coisa pega.

Na sala é English o tempo todo, do good morning ao goodbye do fim da aula. Se você entendeu o que o professor falou durante a aula, muito bem. Caso não tenha entendido: estude, estude e estude. Eu e Guga entramos no mesmo nível, o 2, porém em lições diferentes. Ele na 7 e eu na 13. Pra ser bem sincera eu quase choro de tanta raiva de mim.

Imagine, uma criatura que se cobra feito eu, dentro de uma sala onde a professora fala um quilo e ela entende um grama. Fui pra aula todos os dias com uma dor no peito. Na quinta-feira Ella (uma das professoras) avisou que o teste de amanhã estaria bem fácil. Ai, fiquei eu ali com meus botões: teste, amanhã, fácil...No corredor encontrei uma brasileira e ela foi mais clara. “Ah, toda sexta-feira eles aplicam um teste para saber se o aprendizado da semana foi bom, blá, blá...” Que delícia!

Passarei por esse tormento toda sexta-feira, a partir de agora. O primeiro teste, claro, foi um desastre. Imagine uma criatura que só tem dor de cabeça, enjôo, tontura, sono, entende um grama do que a professora fala, o que pode fazer numa prova. Foi doloroso! Bom, agora é esperar a melhora do organismo e estudar, estudar e estudar. Espero que as lamparinas do meu juízo se iluminem.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sono, chuva e aula

Os dias aqui se passam assim: a aula começa às 9h e vai até 12h com um intervalo para um lanche de 15 minutos. Retornamos às 13h15 e saímos às 15h15, este intervalo é para o almoço que preparamos aqui no quarto mesmo. Depois da aula meu caminho tem sido a cama. Não consigo dormir nos horários daqui. Além do fuso tem a chuva. Faz dois dias que chove direto e o frio aumentou. Assim, nada melhor que a cama.

Guga tem conseguido dormir só à noite. Ele hoje foi ao supermercado fazer novas compras. A comida aqui é bem carinha. Depois vou colocar alguns preços para que tenham uma idéia. Hoje não sei onde foi para a nota.

As aulas são movimentadas e difíceis. Os professores mudam dependendo dos dias e dos horários. Até agora eu só conheci uma professora, mas, amanhã vem outra para a sala. Guga já teve aula com duas diferentes e amanhã terá com uma terceira.

Não saímos da escola para outro lugar que não tenha sido o supermercado. Ah, sim, no domingo que fez sol fomos ao pier, aqui pertinho da escola olhar o rio de perto. A vista é belíssima. Ainda não tenho como postar fotos. Nossa máquina quebrou. Não abre nem para fazer um chá, quanto mais para tirar fotografia. No mais é nada. Vou tentar dormir de novo. São 20h40 aqui e ai no Brasil deve ser 9h40 da manhã. Eita fuso pesado.

terça-feira, 19 de maio de 2009

A internet em Brisbane

Bom, este é um capítulo a parte. Se você costuma reclamar da internet brasileira é bom parar por ai. O dia que conhecer a internet australiana vai descobrir que vivemos no paraíso. Aqui o negócio é muito diferente. Você paga por um serviço lento, muito lento e que tem vida útil bem curta.

Não existe um pacote livre. Ele tem um limite de horas mensal e se passar desse limite, ai a coisa fica ainda pior. Parece mentira mas é a pura verdade. Em relação a internet, no Brasil, estamos anos luz a frente da Austrália.

Desde que chegamos aqui tem sido uma luta conseguir comunicação com o Brasil. Primeiro era a dificuldade da língua. Resolvemos com a ajuda de brasileiros. Agora, descobrimos essa belezinha de internet. Pagamos para ter o serviço no quarto e nem assim melhorou. A escola oferece net grátis em várias dependências comuns, mas, essa nós ainda não conseguimos acessar. Você coloca o login, a senha e pode esperar. Espere mesmo, bem sentadinho. Quem sabe um dia ela chega. Custei a acreditar. Não descobri ainda se este é um problema só de Brisbane, mas, é um saco.

A comunicação via telefone é outro nó, mas funciona. Você compra o cartão, coloca 50 centavos de dólar no telefone público, ou compra créditos de telefone local para ligar do quarto, e ai começa a “peleja do diabo com o Dono do Céu”. É uma penca de números que temos que digitar. Enquanto você não acostuma o orelhão vai comendo suas moedas. Kkkk... tem que rir pra não chorar.

Ah, de madrugada a internet melhora. Todos estão dormindo ou na noitada. Acordei com um grupo de asiáticos tagarelando pelo corredor. Aqui são 4h da madrugada. Vou tentar dormir novamente.

O primeiro dia

De sábado para domingo e do domingo para a segunda, acordamos de madrugada várias vezes, ainda não nos adaptamos ao horário local. Nosso primeiro dia na escola foi interessante. Eles nos receberam no café da escola e fizeram logo um teste oral. Um professor fez perguntas sem para sobre nosso trabalho, nossa escolha de estudar inglês, nossos planos para o futuro...

O passo seguinte foi levar todos para uma sala. Lá os professores aplicaram um teste escrito que avaliou a parte da gramática, o nível de leitura e de compreensão de textos. Em seguida, fomos recepcionados por Taís, uma profissional bonita, brasileira e que trabalha aqui orientando os estudantes que chegam da América do Sul. É da área de marketing da Shafston.

Ela nos levou por todos os lados da escola apresentou cada espaço, depois, a escola ofereceu um almoço e Taís ficou com os alunos dando mais informações sobre a rotina da escola e passando algumas informações sobre Brisbane.

À tarde voltamos para a sala e um professor bem cheio de piadas foi repassando todas as informações que já tinham sido passadas por Taís em português, desta vez no forte English australiano. Depois de falar das leis, regras da escola e da Austrália e de brincar para descontrair a turma, ele deu o resultado dos testes feitos pela manhã. Ficamos no level 2. Achei a prova é bem difícil e, até que fiquei satisfeita com o resultado.

Para me manter acordada e fazer mais contato com outros alunos me matriculei logo numa aula de cooking que aconteceu logo depois dessa maratona ai de cima. Foi divertido. Eu, um chef francês chamado Djamil e uma tailandesa chamada Jessei aprendemos a fazer uma panqueca de pepino, segundo o professor, um prato tradicional daqui.

Guga tá cheio de dor na coluna. Tentamos afastar as camas para evitar dele bater a cabeça na quina do armário do quarto e ele deu um jeito na coluna daqueles. Bom, os remédios de dores que trouxe estão servindo. Espero que ele melhore até amanhã. Dá uma dor no coração ver meu amor assim.

A noite mais longa das nossas vidas

Até o Chile a viagem foi bem tranqüila, a partir daí...bom, começou com um atraso no vôo de 2h30. Isso mexeu com toda a programação. Nossa chegada em Brisbane estava prevista para ás 8h da manhã e agora deve acontecer só às 11h25, ou mais. Embarcamos no vôo 801 da LAN de 1h30 (horário do Chile, que é uma hora mais cedo, em relação ao Brasil) e passamos a noite mais longa das nossas vidas.

Dormi, joguei todos os games, escutei música, assisti a um filme, conversei por mais de uma hora com uma brasileira (Andréia) que conheci no aeroporto do Chile, comi uns três sanduíches de queijo, dormi novamente e quando acordei ainda faltavam 2h30 para chegar em Auckland. Olhava pela janela do avião e tava sempre tudo escuro, muito escuro.

Chegamos a Auckland às 6h25 da manhã, horário local. Segundo Guga, que entende mais de fuso que eu, agora são 3h da tarde no Chile, ou seja, 4h no Brasil. Pelas contas dele já viajamos mais de trinta horas.

Acabamos de descobrir, por informação de um brasileiro que está indo participar de um congresso de informática em Brisbane, que teremos mais 4h de vôo até lá. Ah, ele tem cara de inglês e nome de índio, chama-se Aritana. No Chile enviei mensagem para o Pastor Fernando e estou rezando para que ele vá nos pegar.

Ah, tô lembrando muito da minha mãe dizendo: “Você tem coragem de mamar em onça”. Como será que isso fica mesmo em English? You have courage the suck milk in jaguar? Socorro teacher!!! Kkk...

A viagem começou!

Deixamos João Pessoa nesta quarta-feira,13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima, rumo ao Recife. De lá, seguimos para São Paulo já nesta quinta-feira, 14 de maio. Preferimos dormir no Recife para poder finalizar um tratamento ortodôntico e para acordar mais tranqüilos. Nossa vôo para São Paulo saiu pontualmente às 10h40 desta quinta-feira e no momento estamos, literalmente, nas nuvens.

De São Paulo seguiremos para Santiago do Chile e, de lá, para Auckland (Nova Zelândia). A chegada em Brisbane (Austrália) está prevista para esta sexta-feira, 15, às 19h (horário e data do Brasil). Na verdade, por conta do fuso horário, estamos “viajando para o futuro”. Quando colocarmos nossos pés em solo australiano será sábado, 16, e 8h da manhã. Isso mesmo, 13h de diferença.

Nossa despedida ontem em João Pessoa e hoje no Recife foi foi linda, mas sofrida. Estavam lá em casa (em JP) pessoas muito queridas. Severina (nosso anjo da guarda) fez um cozido delicioso. Já no aeroporto do Recife estavam Tia Geraldina (tia de Guga) e Niná (mãe de Guga), meu primo Ailton, a filha dele, Cíntia, e o pai Milton.

Foi difícil me despedir da minha mãe, minha irmã, sobrinhos, outros familiares e dos amigos queridos. Para Guga também não foi fácil. Mas, a vida é assim. Para crescer, as vezes, é preciso sofrer um pouquinho. Como diz o ditado nordestino “Rapadura é doce, mas não é mole não”. Como será que ficaria isso em English? Rapadura is sweet, but is very hard. Será assim teacher? Kkkkkkk...

PS:. Obrigada de coração a todos que foram lá em casa desejar boa sorte e dividir aquele momento tão especial para nós dois. Beijos a todos. Escreverei um pouco mais quando chegarmos em Santiago. Ah, Guga tá muito cansado. Dormiu o vôo inteirinho. Tadinho do meu “Amor de Mim”.

Mais encontros com família e amigos

Os últimos dias aqui no Brasil, antes da nossa viagem para a Austrália, foram de muitos encontros com a família e com os amigos. No sábado, encontramos com vários amigos na casa de Ramon e Rita, era o chá de cozinha de Nariah (filha do casal), que está de casa nova. Uma festa animada, cheia de pessoas queridas.

Guga passou boa parte do dia velejando e guardando as peças do hobie cat, que vai deixar desmontado e só no início da noite passou pela casa de Ramon e Rita. Em seguida, fomos para a casa de Jorge e Sandra. Ela minha amiga-irmã de infância, além dos dois serem nossos compadres. Sandra deixou Jane (que a ajuda em casa) responsável por preparar uma deliciosa galinha de capoiera (produto que certamente não encontraremos na Austrália).

O jantar com Sandra, Jorge, Gabriel e Yasmin (minha afilhada mais que amada) foi delicioso e emocionante. Depois da comida rezamos, pedimos proteção a Deus juntinhos e dividimos sonhos e planos para os nossos futuros.

Em seguida fomos para a casa de outro casal muito querido, Savigny e Silvana. Ele preparou um encontro com outros casais amigos. Mais um momento de grande alegria. Rimos muito, comemos delícias e entramos pela madrugada conversando sobre os mais diversos temas.

O domingo foi todo dedicado à família, em especial, às mães. Fui à missa bem cedo, rezei por todos, tomei café na casa da minha mãe (ela fez uma papinha e um pão assado que só ela sabe fazer) e, em seguida, viajamos para Campina Grande. O almoço foi na casa de Vó Hermínia (avó materna de Guga), com a mãe dele, a minha mãe e duas tias (Gera e Conceição). Tudo muito gostoso, até as reclamações de vó, que não se conforma com nossa viagem.

Hora das despedidas

Faltam exatos 14 dias para nosso embarque. A casa está virada e as malas continuam abertas. Paralelamente aos preparativos vão rolando as despedidas. Graças a Deus, como temos muitos amigos, são muitos encontros para desejar boa sorte, o que é muito legal.

Acabei de encontrar dois queridos meus que não via há muito tempo. Jeoás e Júlia(com Cora na barriga) saíram de casa para me encontrar no aeroporto do Recife (estou seguindo para Aracaju para apadrinhar Luciana e Fernando). Jeó e July moram distante do aeroporto, mas, vieram mesmo assim. Nem imaginam como fiquei feliz. Amo esses dois e fico torcendo todos os dias para que cresçam juntinhos cada vez mais. Ainda vamos tentar nos encontrar na véspera da nossa viagem para a Austrália, mas, mesmo assim, já recebi a energia positiva desse casal maravilhoso e deixei um pouco da minha com do quase três (Cora já tá na porta).

Na última quarta-feira o encontro foi com os amigos da Unimed JP. Alguns do setor e outros de outras áreas da empresa. Foi muito legal e emocionante. É muito bom saber que fomos úteis no trabalho, que somos considerados pelos que gostamos e que, de alguma forma, vamos fazer falta.
O encontro foi à noite, na casa de Fabinha (amiga antiga de outros carnavais). A organização da despedida ficou com Walter Dantas. A idéia foi dele. Reunir os mais chegados para dividir, como ele diz, a “perda” de Arielle, Marcos e eu. Muitos falaram, outros se emocionaram, demos muitas risadas e comemos delícias. O caldinho de peixe tava nota dez.

Bom, hoje sigo para Aracaju. Lá, seremos padrinhos de Luciana e Fernando, outro casal muito querido. Ela é prima de Guga e toda a família dele estará por lá. Minha mãe já seguiu cedinho com a mãe de Guga. Vai ser uma grande festa e a oportunidade de nos despedirmos de todos. Me prepara, então, para viver novas emoções. Tô chorando até com o vento que passa perto de mim. Faz parte!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Alegria, lágrimas, boas gargalhadas e muitas, muitas amigas


Pense num fim de tarde divertido. Pensou? Então pode multiplicar por dez. Foi assim nossa confraternização com brechó, neste último sábado (25). Muitas, muitas amigas passaram por nossa casa para dar abraços, lanchar, dar boas risadas e comprar alguma peça do brechó (ou não). Foi ótimo poder reunir algumas das minhas melhores amigas.


As primeiras a chegar foram Beta e dona Tânia. Depois vieram Jussara e Clarinha (minhas vizinhas). Ai, foi a vez Carla Visani, Agda, Andréia Solha, Mônica, Sandra Garcia, Yasmin, dona Lita, Luiza Franco, Fabinha, Hacéldama, Clivinha, Andréia Barros, Linda, Ana Cirne, Arielle, Thatiana, Débora, Dulce, Ritinha, Lulu, Valerinha, Camilinha, Nariá...


Minha irmã (Rosene), deu uma passada entes da festa. Minha mãe ficou o dia inteiro comigo preparando a casa e as comidinhas. Niná, minha sogra, ajudou a organizar o quarto onde foram colocadas as peças do brechó. Ficou bem legal, colorido e sortido. Foi uma graça acompanhar a escolha das minhas amigas pelas coisas que sempre gostei tanto.


Foram momentos com eu esperava: um misto de alegria, lágrimas, gargalhadas e muitas histórias, conversas e comilança. Ótimo poder fazer isso! Não queria deixar o país sem encontrar com elas e foi muito bom saber que parte das minhas coisas vão ficar com pessoas que gosto tanto. Valeu, amigas!