quinta-feira, 16 de julho de 2009

Dois meses em Brisbane


Hoje faz dois meses que chegamos à Brisbane. Estamos felizes, fizemos a escolha certa da cidade para estudar uma nova língua. Aqui tudo é tranqüilo e organizado, além da locomoção ser bem fácil, depois que se entende o movimento dos City Cats, ônibus e táxis. A escola é ótima, com toda a estrutura necessária e bons professores. Mas,o mais importante é que estamos bem juntinhos.

Nossa rotina segue a mesma. Pela manhã e a tarde escola e depois da aula, biblioteca, supermercado, academia ou quarto mesmo para organizar. No máximo, durante a semana, vamos a um parque vizinho para caminhar, mas, com o frio que está fazendo, não temos feito isso.

Nos finais de semana passeamos, estudamos um pouco mais e descansamos. Conhecemos um casal de brasileiros que tem nos feito companhia nos passeios. São gente muito boa e moram depois da City, o centro deles aqui.

Brisbane é uma cidade interessante, cresce em torno desse espaço que eles chamam de City. A City é o ponto central de um circulo e as áreas da cidade vão subindo de número quando se afastam desse centro. Ou seja, se o cidadão mora na área quatro, mora bem longe da City, se mora na área um, tá vizinho. Nosso bairro é próximo da City, meia hora caminhando ou dez minutinhos de ônibus. Ah, quanto mais distante, mais residencial é o bairro.

Eles têm aqui condomínios belíssimos. Como o rio Brisbane corta toda a cidade, muitas casas têm o rio passando em frente ao jardim e, óbvio, muitos têm um barquinho ou um iate para passear. O nível de vida é bem alto. Nesses dois meses só vi umas cinco pessoas nas ruas com jeito de pedintes. Só que não pediam nada. Estavam pelos bancos com um carrinho cheio de coisas ou numa praça, num local abrigado.

Pelo que me falaram, o governo paga um salário e dá moradia para o cidadão australiano que está sem emprego. Para as mulheres australianas que decidirem ter filhos ele também paga. A informação que me chegou foi de $150,00 por semana (se ela decidir ficar em casa para cuidar da criança) e $8.000,00 por cada filho que tiver, para ajudar nas despesas do mesmo.

Não sei se tudo isso é assim mesmo, mas, posso afirmar que nunca vi tanta criança num lugar só com os pais sempre ali, juntinhos. Babá aqui, ainda não vi não. Nos parques é comum encontrar os pais com os filhos pequenos e os avós. Todos juntos, tomando sol ou fazendo um barbecue. Os aniversários também são comemorados nos parques. Eles levam bolas, bolo e comida normal de churrasco mesmo. Neste caso, não tem salgados e docinhos como nossas festas ai não.

Nas ruas do centro encontramos umas pessoas muito engraçadas. Elas se fantasiam para sair à tardinha ou à noite. É um desfile de coisas esquisitas ou hilariantes. Quando você olha para o lado tem uma criatura com um cabelo verde todo repicado, do outro um garoto de peruca longa com uma maquiagem esquisita. Porém, eles não gostam de ser fotografados. Ah, ontem vimos um vestido de coelho, kkk. Tava de sunga, gravata borboleta, com as orelhas na cabeça e os dentões, dentro de um local que vende bebidas. Tivemos uma crise de riso, claro. Assim, vamos passando nossos dias por aqui.

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